domingo, 2 de janeiro de 2011

2012 – Fim do Mundo

2012 – Fim do Mundo

2012

Toda a Verdade!

2012 está à porta.
Como é normal, os profetas da desgraça, que a cada 10 anos aparecem com uma nova data de fim do mundo (e que se enganam sempre!), já estão a esfregar as mãs de contentes com o dinheiro que vão fazer com novas datas alarmistas.
Sim! Porque há sempre quem, movidos pela fé e contra todas as evidências (científicas e não só), continue a acreditar no Pai Natal.
Livros não faltam! Livros cheios de mentiras e especulações sem sentido, que são postos à venda só para os “vendedores de banha de cobra” fazerem dinheiro com os crentes pouco inteligentes que compram estes livros. Mesmo o Daniken, que já confirmou que é indiferente à verdade e que só escreve histórias fantasiosas para fazer dinheiro, já escreveu sobre este tema. E o Sitchin é o seu aprendiz.
Este livro é um desses exemplos.
Será que as pessoas têm a memória assim tão curta que nem se lembram do alarmadas que andavam com o ano 1997 e depois com o ano 1999 e depois com o ano 2000?
(e razões não faltavam: desde as pirâmides do Egipto, passando pelas profecias do Nostradamus, por um asteróide em rota de colisão, por um ciclo solar estranho, pelo vírus informático, e acabando nos profetas de quintal existentes em todo o lado)
E, apesar disso tudo, continuamos aqui…
Os Humanos têm a incrível mania de não aprenderem com os erros passados. Num período de 15 anos, ficam histéricos 7 vezes porque pensam que vai ser o fim do mundo!! Mas aprendem alguma coisa?
Não! Continuam a pensar que “o próximo é que é”. Enfim…

Vejam este excelente gráfico que contrasta as crenças dos crentes com as razões dos cépticos.
E em português:

Leiam aqui 63 profecias disparatadas relacionadas com afirmações de término do mundo. São religiosas e científicas (algumas até astronómicas).
E aqui mais algumas.
Existe um fascínio especial pelos final dos tempos. As pessoas gostam de acreditar que o mundo vai acabar durante a vida delas, porque isso tornará a era em que vivem como a mais especial de sempre, tornará a sua vida relevante, e isso torna-as especiais, porque vão poder presenciar esse evento único.
Psicologicamente é apelativo pensarem estar no mais importante tempo de sempre: é um geocentrismo psicológico ligado ao tempo.
E na ciência isto por vezes também acontece!
Um exemplo é o livro “The End Of Science” do John Horgan, que de uma maneira quase científica (os mais incautos caem) explica detalhadamente o fim de quase todas as ciências; e para ele, esse fim está muito perto.
E até a Gulbenkian fez uma conferência intitulada “A Ciência terá limites? – Is science near its limits?”, nos dias 25 e 26 de Outubro de 2007.
Faz-me lembrar a mítica (e falsa) frase do Charles Duell, chefe de um escritório de patentes, que em 1899 disse que tudo o que poderia ter sido inventado já tinha sido inventado e que por isso não havia necessidade para um escritório de patentes. Ou a frase de Simon Newcomb, astrónomo e matemático, que no século 19 disse que na altura se estava no limite do conhecimento astronómico – tudo o que havia para saber já se sabia. Ambos estavam redondamente enganados! Mas por aqui se vê o fascínio pelos limites, pela solução final das coisas.

Existe psicologicamente também uma aversão à mudança.
Quer-se manter o mundo como está e não haver mudanças.
Mas isto não faz sentido!
A mudança é a única constante que existe na vida. A mudança é normal, sempre existiu, e sempre existirá. A mudança é inerente à vida.
Não há nada para ter medo ou para prever. É algo normal, obrigatório, e que faz parte da vida.
Ter medo da mudança ou prever mudança é, mal comparando, como ter medo de morangos ou prever morangos. Eles existem, ponto final. Dar misticismos ou prever calamidades baseadas nos morangos é que é errado.

Mudanças/Transformações existem sempre! Mas isso pode-se dizer para qualquer ano.
Se os Maias tivessem previsto um cataclismo para 2003, vinham os crentes dizer que eles tinham previsto o começo da guerra no Iraque.
Se os Maias tivessem previsto para 2001, vinham os crentes dizer que eles tinham previsto a queda das torres em NY.
Se os Maias tivessem previsto para 1989, vinham os crentes dizer que eles tinham previsto a queda do Muro de Berlim.
Se os Maias tivessem previsto para 1986, vinham os crentes dizer que eles tinham previsto o cometa Halley nos céus.
etc, etc, etc.

Este post é sobre esses alarmismos infundados ligados às previsões catastróficas de mudança. Este post não é contra a mudança! Essa existe! Este post é contra os alarmismos sem sentido, baseados em histerias ridículas, ignorância, misticismos inventados, e puras mentiras.

hieroglifos

Sobre a Profecia Maia:

Leiam este artigo que escrevi sobre a Profecia Maia e 2012.
Oiçam a minha entrevista na TSF sobre este assunto.

A Wikipedia fala deste assunto, aqui.
A CNN também tem este artigo sobre este mesmo assunto.
O Ian O’Neill escreveu um artigo aqui sobre o mesmo assunto.
Leiam também este artigo.
Conclusão: não vão morrer em 2012 devido à Profecia Maia!

long count inscription

Os próprios Maias não davam qualquer mística especial a essa data.
É o mesmo que nós de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro. Faz-se festas. Deita-se o ano velho para trás e faz-se projectos para um novo futuro.
Mas em termos concretos (físico, cósmico) nada muda.
É uma celebração de fim de ciclo de calendário. É só. Como nós fazemos todos os anos.

Aliás, os Maias têm inscrições sobre coisas que podem acontecer depois de 2012!
Como diz a Wikipedia: “A monument commemorating the ascension of the king Pakal the Great connects his coronation with events as much as 4000 years after, indicating that those scribes did not believe the world would end on 13.0.0.0.0″. Ou seja, no mí­nimo existem inscrições dos Maias até ao ano 6000 no nosso calendário!!
Isto deveria provar para quem acredita nos Maias, que o mundo não vai acabar em 2012!

Mas para os Maias isso era só um calendário. Nada mais. É certo que eles tinham mais mitos que nós, mas ninguém no século XXI acredita que os relâmpagos são feitos por deuses, pois não?

Além de que vários historiadores dizem que o ciclo longo dos Maias não tinha 13, mas sim 20 bak’tuns: “At Palenque, evidence suggests that the priest timekeepers believed the cycle would end after 20 b’ak’tuns, rather than 13.”

Da Wikipedia:
“December 21 – The Mesoamerican Long Count calendar, notably used by the pre-Columbian Maya civilization among others, completes a “great cycle” of thirteen b’ak’tuns (periods of 144,000 days each) since the mythical Creation date of the calendar’s current era. On this day the Long Count date at creation – written 13.0.0.0.0 in modern notation, equivalent to August 11, 3114 BC in the proleptic Gregorian calendar – is repeated for the first time in a span of a little over 5,125 solar years. The completion of this cycle and the repetition of the previous Creation’s Long Count ending date have been central to various 2012 doomsday predictions since the 1960s. Academic researchers have not concluded that the ancient Maya themselves attached similar significance to this point in time.”
Era um simples calendário. Ler também aqui, aqui, e aqui.

Vejam este vídeo sobre os Maias, o calendário Maia (semelhante ao nosso calendário, no sentido que era um ciclo, e não me parece que a cada fim de ciclo (ano) o nosso mundo acabe!), e os deuses que para eles controlavam o mundo (agora já sabemos que Sol e Vénus não são deuses):

continua no site:

http://astropt.org/blog/2008/08/22/2012/

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